Quero arriscar umas palavras sobre economia, não como um profissional acadêmico na área, mas como alguém que há 20 anos é profissional liberal como representante comercial.
O mercado econômico tem suas leis próprias que seguem vários critérios a lei da oferta e da procura, por exemplo, quanto mais produtos há no mercado seu preço tende a ser menor, como também menos produto mais elevado o preço.
Outra lei do mercado está relacionada à fidelidade dos parceiros comerciais, isto é, quanto melhor o relacionamento entre cliente e fornecedor, maior uma interação. Isto é algo relevante, pois, quando há falta de determinados produtos certamente os fornecedores dão preferência a estes clientes.
Como representante comercial observo o comportamento do mercado; quando há excesso de produção os fornecedores fazem promoções, aumentam prazos, dão brindes e bonificações, etc. enfim, fazem qualquer negocio. Porém, quando há falta eles somem, os prazos caem, as vendas tornam-se limitadas e de certa maneira são atendidos os clientes preferenciais.
Uma das leis do mercado também esta relacionado na busca e diversidades de clientes, isto é, se numa determinada área não há lucro ou o comercio está restringido, o mercado vai atrás de outros pólos, regiões. É preciso frisar também mercado usa de varias estratégias quando determinados produtos estão sem margens de comercialização como a diversificação de produtos. No caso dos produtos agropecuários o diminuo do plantio. É impossível, produzir produtos, serviços sem margem de lucro. A economia não é assistencialista, nem é filantrópica, pelo contrário, é para produzir bens e riquezas tanto para o país quanto para os empresários.
As leis de mercados são universais, isto é, são idênticas tanto para pequenas empresas, num país, quanto mundial, pois seu intuito é aumento de arrecadação financeira, de volume de produtos com um objetivo final, aumentar o patrimônio individual dos empresários ou grupos empresariais. Para um país quanto mais forte, diversificada e intensa a economia maior a arrecadação de impostos podendo assim, proporcionar a nação melhor qualidade de vida. Enfim, tudo gira em torno da economia.
É comum ouvirmos pessoas dizerem; se os produtos internos aumentarem de preço se recorre à importação forçando a baixa, este comentário muitas vezes é dito por pessoas leigas que não entendem como funciona a economia, isto é, as leis de mercado. A maioria dos economistas diz que o dólar está super valorizado e isto tem atrapalhado a economia.
Todo produto tem um custo de produção. Este custo está relacionado às políticas econômicas de cada país. Quanto maior as taxas, os impostos, falta de estrutura operacional maior o custo final. Como também existem as concorrências entre países, muitas vezes o preço praticado por determinado país acaba eliminando a competição e por conseguinte desestimula a produção. No caso do Brasil, por exemplo, ele produz em real, e vende em dólar, quando o dólar está desvalorizado internamente as exportações dão prejuízos, sendo assim, diminuem significadamente as vendas externas. O mercado foi feito para dar lucros, se não der, não há mercado.
Segundo ponto; todo produto tem um preço que obedece às leis da oferta e da procura. O custo do dólar é estabelecido por cada país, isto é, o dólar tem um valor segundo políticas específicas, exemplificando: Se no mercado internacional a tonelada de arroz custa U$300,00 independe o valor da moeda no país ele custa U$300,00. Com o dólar valorizado os empresários precisam comprar mais dólar para obter o produto lá fora no exterior. Sendo assim, mesmo que aparentemente o dólar represente valor baixo é fictício, pois haverá necessidade de mais reais para comprar mais dólar e assim adquirir o produto.
Finalizando, é importante entendermos que a política econômica é complexa, o discurso que se tiver caro aqui a gente importa é falso, porque vai depender das leis de mercado, da produção internacional e do interesse comercial entre os paises. Neste sentido é justificável quando os empresários queixam da alta valorização do dólar, porque é um valor paradoxal, de um lado inibe as exportações e por outro lado deixa o comercio brasileiro vulnerável no mercado internacional. Cria-se uma inflação em determinados produtos camuflada, e ainda deixa o país na dependência das oscilações externas. Temos um exemplo clássico que é o trigo, dias atrás mereceu destaque na imprensa, teve uma alta considerável no preço porque a Argentina, nossa maior parceira diminuiu sua produção e ainda resolveu exportar para outros países que pagavam melhor.
Ataíde Lemos
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